A Polícia Federal apresentou o laudo pericial do incêndio que devastou o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio de Janeiro, no dia 2 de setembro do ano passado.
Segundo o delegado Paulo Teles, que coordenou a equipe, ainda não é possível afirmar se há um culpado pelo incêndio, seja por intenção ou negligência. “Essa pergunta a gente não vai responder hoje, porque ainda tem diligências em andamento e a gente está fazendo um trabalho em parceria com o Tribunal de Contas da União e eu acredito que a gente vá chegar a um bom termo ao final da investigação”.
O delegado disse que a Polícia Federal iniciou o trabalho assim que foi acionada e esteve no local durante o incêndio, porém a perícia só pôde ser iniciada depois que o palácio histórico foi considerado seguro.
Teles relatou quatro complicadores para o trabalho: o tamanho do prédio, que soma 13 mil metros quadrados de construção, considerando os três pavimentos; o material usado em boa parte da construção, madeira, que foi totalmente consumido pelo fogo, resultando no desabamento e no acúmulo de mais de um metro de resíduos no primeiro andar; o número de pessoas que circula pelo local, com visitantes, pesquisadores e estudantes, o que dificultou o levantamento de quem estava no local no dia da tragédia; e a parte restrita do museu, que não é aberta ao público e não tem muitos registros, que corresponde a dois terços da área.