Família Bolsonaro lidera ranking de ataque à imprensa em 2020

Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus filhos lideram o ranking de ataque à imprensa em 2020. Segundo o balanço feito pela organização não governamental Repórteres Sem Fronteira mostra que, em 2020, a família Bolsonaro promoveu 580 ofensas a profissionais e empresas de comunicação.

No ranking classificado como “predadores da liberdade de imprensa”, feito pelos Repórteres Sem Fronteira, Bolsonaro e seus filhos Eduardo e Carlos estão no topo. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) é o líder com 208 ataques a jornalistas.

Já Jair Bolsonaro fica em segundo lugar, com 103 ataques, e Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), vereador no Rio de Janeiro, é o terceiro com 89 ataques. O presidente da República e seus filhos respondem por 85% das ofensas promovidas por autoridades à imprensa em 2020.

Patrícia Campos Mello

Eduardo Bolsonaro foi condenado a indenizar a jornalista Patrícia Campos Mello, repórter da Folha, em R$ 30 mil por danos morais, no dia 20 de janeiro deste ano. A Justiça ainda determinou o pagamento de custas processuais e honorários advocatícios no valor de 15% da condenação.

Patrícia acionou a Justiça após ataque, com ofensa de cunho sexual, feito numa live e em publicação em rede social de Eduardo. O filho do presidente afirmou que a jornalista “tentava seduzir” para obter informações que fossem prejudiciais ao seu pai.

O balanço do Repórter Sem Fronteiras também mostra que as redes sociais foram o meio preferido de Bolsonaro, seus filhos e ministros para declarações desse tipo. Pelo Twitter, foram publicadas 489 mensagens com hostilidade a profissionais da imprensa.

Com informações do A tarde

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