O vereador Carlos Augusto Cardoso da Silva (Augustão do PT), da cidade de Ilhéus no Sul baiano a 363 km de Salvador, protagonizou uma cena inusitada e constrangedora para ele mesmo durante a Sessão Ordinária da quinta-feira passada, 19/08.
Durante a apresentação do Projeto de Lei 65/2019 – que trata do fornecimento gratuito de internet em logradores e locais públicos na cidade, como creches, escolas e repartições, de autoria dele mesmo –, Augustão do PT pediu a palavra em ‘Questão de Ordem’ e criticou duramente questionando de “onde sairia verba para a ação e classificou como eleitoreiro e voto contra”.
Outro vereador ao verificar que o Projeto de Lei era de autoria de Augustão do PT o advertiu sobre quem apresentou o documento – e ele negou ser autor –, e o presidente mostrou a assinatura de quem partira a iniciativa. “Eu peço vista. Vou retirar o projeto, analisar e reapresentar” para risos e gargalhadas dos colegas e funcionários da Câmara.
Verba para a Câmara
A receita anual (duodécimo) prevista para 2020 para a Câmara Municipal de Ilhéus é de R$ 15.558.805,86. Desse valor, 70% (R$ 10.891 milhões) pode ser gasto com pessoal. Cada vereador custa por mês R$ 68.240. O salário mensal – que eles preferem chamar de subsídio – é de R$ 10.021 mil, ou seja, 9,59 salários mínimos. A Câmara ao todo tem 19 vereadores e em torno 350 funcionários.