Sinônimo de multidão, o Carnaval não pode ocorrer sem a presença do público. Este é o posicionamento do presidente do Olodum, João Jorge. Na avaliação dele, a festa só deverá ser realizada após ampla vacinação contra o coronavírus.
Em entrevista ao apresentador José Eduardo, na Rádio Metrópole, nesta terça-feira (15), Jorge destacou que não vale a pena realizar o Carnaval somente com os artistas e transmiti-lo através da televisão e internet. Ele comparou o resultado com os jogos de futebol, que atualmente têm ocorrido somente com a participação dos jogados, mas não têm a mesma vibração e alegria.
“Carnaval sem público vai ser muito ruim. Basicamente, a festa é ligada às multidões. No entanto, para ter Carnaval tem que ter vacina. A prioridade é a saúde. Com a vacina testada e passada para a população, conseguiremos evitar danos maiores. Espero que a partir de maio, junho e julho, os eventos culturais possam voltar a acontecer”, afirmou o presidente do Olodum.
Mesmo assim, ele lembrou que há diversos blocos – principalmente os menores – que estão lutando para sobreviver, já que os recursos obtidos para o Carnaval não serão disponibilizados enquanto houver pandemia. Por enquanto, os que conseguem continuar mesmo com a incerteza sobre a festa estão vivendo de economias obtidas em anos anteriores.
Filme
Por falar em captação de recursos, o Olodum se prepara para ir em busca de patrocínio a fim de produzir um filme que conte a sua história. “O Olodum merece ter um filme que mostre esse grande fenômeno da Bahia, que é o samba-reggae. Ele nos permitiu a levar a história do nosso estado para todo o mundo”, frisou Jorge.