A família de Diogo Santos tem um restaurante na praia de Imbassaí, onde o óleo chegou. “Na semana passada, na quarta-feira, foi o dia mais complicado, quando tivemos uma grande quantidade de óleo chegando à praia. Na quinta-feira ninguém trabalhou aqui porque a areia estava cheia de óleo, assim como as pedras, o mangue. Então nós nos reunimos com os bombeiros para poder fazer um mutirão e limpar as praias. De lá para cá não chegou mais tanto óleo”.
O trabalho precisa ser feito rapidamente, antes que a maré suba. Esse ecossistema é importante para quem sobrevive do turismo. Em Imbassaí, a beleza do encontro entre o mar e o rio atrai visitantes como o eletricista Ricardo Amorim, de Jacobina. “Eu vim passar as férias aqui com minha mulher e dois filhos. Nós fomos à praia, verificar como é que está a situação. Realmente, há um pouquinho de óleo, mas o trabalho que os bombeiros fizeram junto com os voluntários foi excelente. A gente acha que esse problema prejudica as praias e a imagem do nosso Nordeste, mas os bombeiros estão trabalhando e quando eu cheguei aqui já não vi mais aquele óleo todo. Para o banhista eu acho que não atrapalha mais”.
Silvia Barros é gerente de um hotel em Imbassaí. Ela afirma que, desde o início do aparecimento das manchas de óleo, os turistas têm ligado para se informar das condições das praias. “Tivemos reservas canceladas no hotel, por causa do óleo. Mas o corpo de bombeiros está fazendo o trabalho de limpeza, com a ajuda de voluntários. O próprio hotel participa dos mutirões, recolhendo, todos os dias pela manhã, o óleo que chega. Então nós queremos avisar aos hóspedes e aos futuros clientes que agora já está tudo tranquilo. Existe alguma presença de óleo, mas é pouco e não compromete mais o banho nem a beleza do lugar”, ressaltou.