Defesa da família de empresário morto classifica como “absurda e infeliz” a revogação da prisão de Iuri Sheik

Polícia

A defesa da família de William de Oliveira, morto em 26 de junho de 2019, classificou como “absurda e infeliz” a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por meio do desembargador Eserval Rocha, de revogar a prisão de Iuri Sheik, acusado pelo assassinato do empresário.

Rocha acatou pedido dos advogados de Sheik, mesmo após manifestação contrária do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e dias depois de o juiz Antonio Santana Lopes Filho, da 1ª Vara Criminal de Santo Antônio de Jesus, negar pedido idêntico.

“A decisão concessiva de habeas corpus no caso de Iuri Sheik é manifestamente contrária à tudo que está no processo, bem como, contrária aos requisitos da prisão preventiva, decisão absurda e infeliz do nosso tribunal de justiça baiano, que contrariou inclusive o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, que por diversas vezes negou a liberação do Iuri Sheik”, critica a defesa da família de William.

Os advogados Gabriel Bomfim, Wyre Souza e Jordan Tameirão elencaram as negativas de Habeas Corpus solicitadas ao longo do processo e o entendimento do Conselho Nacional de Justiça quanto aos crimes de violência física e grave ameaça. Mesmo assim, a defesa de Sheik conseguiu a sua liberdade por conta do “excesso de prazo injustificado em relação a remarcação de audiência de instrução e julgamento”.

“Importante deixar claro que a soltura do Sheik não quer dizer que a justiça não será feita e que o mesmo não continuará a responder o processo pelo grave crime que cometeu, mas que este temporariamente responderá o processo em liberdade, até que sobrevenha uma condenação definitiva, à qual acreditamos que não está longe de acontecer, tendo em vista as diversas testemunhas que presenciaram o bárbaro homicídio e que a audiência de instrução e julgamento do caso estão previstos para ocorrer ao final desse mês de setembro”, lembraram os advogados da vítima. A família acredita que Sheik será condenado pelo homicídio de William e deve logo ser colocado para a execução da pena.

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