Há exatos 30 anos, Bahia conquistava o bicampeonato brasileiro

Esporte

Em 19 de fevereiro de 1989, os alto-falantes do Beira-Rio anunciavam: “O Inter nunca perdeu um título em casa”. Não combinaram com o Bahia. Há exatos 30 anos, o Esquadrão pintava o Brasil de vermelho, azul e branco pela segunda vez. Igualava o São Paulo em número de títulos nacionais, numa época em que o agora hepta Corinthians ainda não tinha nenhum.

O time comandado por Evaristo de Macedo não só deu volta olímpica dentro do Beira-Rio, ao segurar o empate por 0x0 no segundo jogo da final, como se tornou o único time nordestino a levantar a taça do Brasileirão de forma incontestável, o que se mantém até hoje, considerada a celeuma entre Sport e Flamengo por 1987 (oficialmente, o time pernambucano é campeão, mas os flamenguistas não aceitam).

É importante lembrar que, apesar da decisão ter acontecido em 1989, o torneio era válido pela temporada de 1988. A conquista da chamada Copa União coroou uma fase importante da história tricolor. O Bahia havia chegado às quartas de final em 1986, com a base que chegaria ao ápice, e seria semifinalista em 1990. Mas não pense que foi fácil levantar a taça.

O Bahia só chegou na fase final graças ao Vasco. Líder dos dois turnos, o time carioca fez abrir uma vaga para o mata-mata. O dono seria o time que tivesse somado mais pontos no torneio: justamente o Bahia.

“O campeonato tinha diversas fases e onde nós realmente sentimos a nossa força foi no final, quando se criou a expectativa de poder chegar e vencer. Era um campeonato difícil, mas nós fizemos uma preparação muito boa e, quando chegou a hora da decisão, estávamos 100% preparados”, lembra Evaristo.

Nas quartas de final, o tricolor encarou o Sport. Para muitos, o adversário mais difícil na epopeia. Com a vantagem por ter melhor campanha, o Bahia empatou por 1×1 na Ilha do Retiro e segurou o 0x0 na Fonte Nova.

Já na fase semifinal, o Fluminense sentiu a pressão da torcida: 110.438 pagantes – recorde do estádio jamais igualado – viram Bobô e Gil comandar a virada na Fonte Nova, depois do gol precoce de Washington para o Flu. Na ida, 0x0 no Maracanã. O Bahia estava na final.

Na decisão, restou o Inter. Triunfo por 2×1 em casa, com dois gols de Bobô, e o 0x0 em Porto Alegre que fez surgir uma nova estrela na constelação tricolor.

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