O deputado federal Marcelo Nilo (PSB), líder da bancada baiana no Congresso Nacional, quer que o ministro da Saúde, Nelson Teich, seja convocado à esclarecer para a Câmara dos Deputados as medidas de combate da pasta contra o novo coronavírus. Ele também pede que o oncologista atenda ao pedido dos governadores do Nordeste, para contratação de médicos formados no exterior.
“Esse ministro, ele não passa credibilidade; o outro [Luiz Henrique Mandetta] passava. Até agora não tem projeto de ação. Nem compra respiradores nem compra máscaras nem envia recursos. […] A Câmara tem que convocar o ministro da Saúde pra dizer o que ele pensa”, afirmou, em entrevista ao BNews neste domingo (3).
Já tramitam na Câmara dos Deputados dois requerimentos que pedem que Teich preste esclarecimentos sobre o planejamento que vai adotar para o combate à pandemia do novo coronavírus no País. Os documentos foram protocolados pelo deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) e a bancada do Psol na Casa, que tem como líder Fernanda Melchionna (PSOL-RS).
O ministro também foi convidado – portanto não há obrigação de ir – pela comissão externa da Câmara que debate ações de combate ao novo coronavírus no dia 22 de abril.
Na última reunião com o Consórcio do Nordeste – grupo formado pelos governadores da região que tem o governador da Bahia, Rui Costa (PT), como presidente – Teich deixou os governadores com sentimento de frustração por não atender às demandas do Consórcio.
O principal pedido dos governadores é que o governo federal autorize a contratação de médicos brasileiros formados no exterior, para contribuir no combate ao novo coronavírus. Na manhã deste domingo, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), compartilhou um vídeo do presidente do Conselho Federal de Medicina, Dr. Mauro Ribeiro, contra a demanda dos governadores.
“Esse presidente do Conselho Federal de Medicina é um bolsonarista de carteirinha. Um homem que não tem amor à vida. Quem não defende isolamento social não tem amor à vida. Melhor ter um médico formado no exterior sem Revalida [Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos] do que não ter nada”, disse Nilo.