Maestro Miguel Lima é o homenageado da Festa da Purificação 2025

Santo Amaro

O homenageado deste ano da Festa da Purificação 2025, realizada pela Prefeitura Municipal de Santo Amaro da Purificação, é Miguel Lima. Ele é maestro e muitos artistas já passaram pelas suas mãos, inclusive o saudoso professor de língua portuguesa, apresentador de televisão, poeta, letrista e compositor, Jorge Portugal. “A ideia dessa homenagem foi muito importante para mim. Os eventos que fazem da festa foram divididos e todos eles me prestaram homenagens separadamente. Achei muito bem organizado”, disse.

Ele disse ainda que muitos das homenagens realizadas nem esperava que acontecessem, como muitos do que estavam se apresentavam estavam usando camisas com o seu rosto. “Nem esperava por isso. Esperava os estandartes, as manifestações, mas as camisas não sabiam. Minhas filhas participam dos grupos, mas não me disseram nada”.

O maestro mantém a sua humildade e simplicidade, apesar de ser professor de grandes artistas santamarenses pelo mundo. “Não tenho segredo. Sempre trabalhei na formação músicos e cantores não só em Santo Amaro como também em várias cidades do interior. É fazer o seu trabalho com sinceridade, honestidade, sem desviar da sua linha de conduta. Assim sempre conseguiremos obter resultados importantes”.

Ele não tem nem ideia de quantos músicos já formou. “Nem todos seguiram a carreira musical, mesmo com vocação e podendo ser excelentes músicos e que por vários fatores não o fizeram. Não consigo enumerar quantos formei. São vários, desde quando comecei em Teodoro Sampaio em 1971. De lá para cá sempre trabalhei com esse tipo de formação, fazendo grupos instrumentais e vocais”.

Miguel sempre gostou de trabalhar com instrumentos musicais. “A minha formação foi na Liga de Música, como músico. Por isso vamos conseguindo seguir”.

Sobre o Coral da Purificação, destaque não apenas em Santo Amaro como também na região como em diversas cidades do Brasil pela sua qualidade, o maestro afirmou que trabalha ele desde 1980. “Esse coral era intocável. Quem fazia eram músicos e maestros de Salvador muitos anos antes de eu assumir. Em 1980, eu Jair, que era grande cantor de Santo Amaro, tivemos a ideia de formar um grupo com pessoas daqui da cidade. Tínhamos pessoas com potencial para executar a novena”.

O trabalho com o coral foi feito. “Foi um trabalho meio árduo porque sofremos oposições dos mais tradicionais, mas levamos muito tempo fazendo. Regi a orquestra durante 32 anos, passei para um aluno meu músico formado em Salvador, o Cristiano, que é quem a rege atualmente com muito brilhantismo. Eles trazem ainda reforços de Salvador e os daqui infelizmente não progrediram muito. De lá para cá não houve aquisições de cantores daqui”.

Como ele formou o grupo, o objetivo era fazer tudo, cantores e músicos, santamarenses. “Conseguimos fazer por muitos anos, mas as pessoas foram envelhecendo. Não houve renovação e precisou-se reformar com músicos de Salvador. Atualmente são mais pessoas de Salvador mesmo”, finaliza.

Ouça a entrevista com o mastro Miguel Lima aqui.

Com informações do repórter Gilliard José

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