Em entrevista ao jornal O Globo na edição desta segunda-feira (9), o govenador Rui Costa (PT) afirmou que não dúvida que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, flertou com os policiais militares responsáveis pelo motim no estado do Ceará.
“Não tenho dúvida disso. Tivemos as declarações dele dizendo que os policiais amotinados não podiam ser julgados. Isso não é fazer justiça. Não entendo uma declaração dessa de um ministro da Justiça”, disse.
Ao jornal carioca, Rui, presidente do Consócio dos Estados Nordestinos, explicou a articulação feita com os demais governadores quando aventada a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro não renovar a manutenção das Forças Armadas em solo cearense.
“O que os governadores do Brasil têm tido, independentemente de diferenças político-partidárias e ideológicas, é uma atuação unificada em defesa da democracia, da federação, do estado de direito. Assim como houve indignação geral quando o presidente tentou jogar a população contra os governadores na questão dos combustíveis, houve também com as palavras de pessoas do governo federal que beiravam ou tangenciavam apoio ao movimento”, afirmou.
“Tivemos palavras dúbias até do ministro da Justiça quando a população estava sendo assassinada no Ceará. É inconcebível que um presidente da República não seja solidário com a população de quase 9 milhões de habitantes. Estávamos no grupo de WhatsApp dos governadores só esperando uma negativa oficial para prestar apoio”, completou.