O prefeito de Santo Amaro, Flaviano Rohrs (PP), em entrevista ao Bahia Notícias na noite desta segunda-feira (17), confirmou que é pré-candidato à reeleição no município do Recôncavo e se disse “empolgadíssimo” para a campanha. O gestor, que manterá o vice-prefeito Justino Oliveira (Avante) na chapa das eleições deste ano, confessou as dificuldades do início do mandato, quando não conseguiu realizar o que planejava. “Eu cheguei a desanimar. Foram dois anos iniciais péssimos para a gente”, assumiu.
“A gente pegou um município devastado, tudo precisando ser feito. Os cofres vazios, várias dívidas trabalhistas, dívidas com a Embasa, com a Coelba, problemas com a Receita Federal. E a população entendeu que eu era a mudança, que eu tinha que mudar a cidade da noite para o dia. Eu já sabia o que estava acontecendo, mas não sabia que era tão grave quanto vivenciamos”, contou o prefeito.
O administrador de Santo Amaro, entretanto, exaltou a superação do seu mandato e fez uma comparação com os ex-prefeitos. “Hoje, me sinto otimista, porque a gente não parou um minuto. Fomos para o enfrentamento, para realizar as coisas. A população sabe e eu sei, porque sou nascido e criado aqui: em três anos e meio, superamos as gestões que passaram. Todos os ex-gestores anteriores passaram oito anos e, em termos de realizações em todas as áreas, nós superamos em três anos e meio. Isso se deu de um ano e meio para cá, porque os dois primeiros anos foram negativos”, avaliou Flaviano.
“Hoje, Santo Amaro respira outro ar, está com sua cara sendo transformada, dando qualidade de vida à população. Fazendo onde nunca fizeram. Não tem obra de fachada. Muitas escadarias em lugares que as pessoas não tinham acesso, fechamos vários esgotos à céu aberto. Obras que ficam debaixo da terra e que não se comemora, não se toca foguete, mas quem mora na localidade sente a importância. Tanto que me sinto otimista. Estou empolgadíssimo para a reeleição e vamos para o enfrentamento”, vibrou o gestor.
MUDANÇA DE PARTIDO
Flaviano também comentou sobre a sua mudança de partido, que o tirou da oposição em nível estadual e o levou para a base de apoio do governador Rui Costa (PT). “Me elegi pelo DEM, com o apoio do deputado Cláudio Cajado, que também era do DEM. É o deputado que vem fazendo investimentos na nossa cidade, nos ajudando muito. Quando ele saiu do DEM e foi para o PP, me convidou para ir junto com ele e eu fiz questão de ir, acompanhá-lo nessa nova jornada”, explicou o prefeito de Santo Amaro.
“A mudança tem sido positiva hoje. Tem trazido muitos recursos. A gente conseguiu, com isso aí, ter o apoio do governo do estado em algumas ações, que antes não tínhamos. Para Santo Amaro, foi melhor”, analisou Flaviano.
REESTRUTURAÇÃO
Para Flaviano, o foco da gestão precisa ser a reestruturação da cidade, como uma maneira de atrair mais turistas e, assim, gerar mais renda para a população local. “Já temos aqui grupos de manifestações culturais, a culinária, o artesanato, um clima agradável para o turismo. Então estamos colocando 100% LED na iluminação pública, que é um fato primordial até para a segurança pública, estamos reestruturando a entrada da cidade, a nossa feira livre, os patrimônios públicos, para que tenhamos uma estrutura digna para receber o turista”, disse o prefeito.
“O nosso potencial é esse: turístico, envolvendo as suas manifestações culturais, o ecoturismo. Estávamos com um aspecto de abandono e agora estamos transformando para que amanhã, a longo prazo mesmo, tenhamos uma cidade mais desenvolvida na área cultural”, prometeu.
CAMPANHA NA PANDEMIA
O administrador também demonstrou preocupação com a campanha eleitoral durante a pandemia. Com 732 casos confirmados e 13 óbitos em decorrência da Covid-19, Santo Amaro tem adotado medidas que, segundo Flaviano, estão mais em evidência para a população que a realização de obras. Mesmo assim, ele crê que a doença provocará uma grande evasão eleitoral e aposta nas redes sociais como saída para o diálogo com os eleitores sem provocar aglomerações.
“Acredito que estaremos na mesma situação: com todas as restrições. Vai ser um ano de muita abstenção de voto. As pessoas não vão sair para votar. Grupo de risco não vai fazer questão. Dificulta um pouco, mas estamos fazendo um trabalho muito bom nas redes sociais. Como agora estou proibido de acompanhar obras, postar obras, fazer lives falando sobre a saúde, eu estou com meu grupo político fazendo movimentos nas redes”, finalizou Flaviano.