A campeã do “Big Brother Brasil 19”, Paula von Sperling, deixou, no início da noite desta segunda-feira (15), a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), onde prestou depoimento durante pouco mais de duas horas no inquérito que é investigada por injúria por preconceito baseada em intolerância religiosadentro do “BBB”. Ela foi proibida pela irmã, Mônica von Sperling, que é também sua advogada, de dar qualquer tipo de declaração. Ao fim, saiu da distrital dentro de um carro com vidros escuros e com o rosto coberto.
Paula chegou à delegacia pouco antes das 16h. Irritada, a irmã dela exigiu que “nada fosse publicado” (nem mesmo fotos fossem tiradas) e que talvez um dia ela e a irmã falem sobre este caso.Essa foi a última etapa da investigação. Esse depoimento, junto com os demais elementos colhidos e a representação do Rodrigo (vítima), vou fazer o relatório conclusivo até o fim desta semana e remeter à Justiça. Aí, o promotor vai avaliar o caso podendo denunciá-la ou optar pelo arquivamento — explica o delegado Gilbert Stivanello.
Segundo o delegado, o caso está em sigilo requerido pela Polícia Civil e reiterado pela defesa da ex-BBB.
— Eu noto que ela ainda está tomando consciência de tudo o quê aconteceu, vem procurando entender a situação. Paula precisou até rever os fatos para trazer à memória. O depoimento foi longo porque envolveram muitos esclarecimentos. Além da fala livre dela, teve um interrogatório — explica Stivanello, que fala sobre a pena, caso ela seja condenada: — O processo penal autoriza penas alternativas, e o juíz, quando vai estabelecer a penalidade, leva em consideração um série de fatores. Desde os antecedentes do autor passando pelo grau de reprobabilidade da conduta.
Paula passou a ser investigada depois de filmada dentro do reality conversando com Diego e Hariany, a advogada disse que tinha medo de Rodrigo por ele ter contato com “esse negócio de Oxum”. Ela também declarou, comparando suas crenças a dos brothers: “Nosso Deus é maior”.