“O assassinato dos Policiais Militares escancara de vez o modelo fracassado de gestão da segurança pública na Bahia”, afirma Eustácio Lopes, do SINDPOC.
Infelizmente, o dia das mães foi um mix de tristeza, revolta e indignação, para os profissionais da segurança pública da Bahia.
Na noite do último sábado (07), o Soldado, Alexandre Menezes veio a óbito após ser alvejado por vários tiros disparados por marginais, em Águas Claras, capital baiana.
Já no domingo (08), o SDPM, Vitor Vieira Ferreira Cruz e o SDPM, Shanderson Lopes Ferreira, também foram alvos de bandidos, no bairro de Fazenda Grande I e morreram no local. O crime ocorreu quando retornavam do sepultamento do colega, SDPM Alexandre Menezes, o crime aconteceu.
O presidente do Sindicato dos Policias Civis da Bahia, Eustácio Lopes disse ainda que não adianta só lamentar os fatos ocorridos, mas, faz-se necessário que o governo tire o monopólio dos gestores das Polícias Civil e Militar, e como chefe do Executivo, ou seja quem detém a caneta: assuma o controle da gestão da segurança pública.
“O governador não pode mais fechar os olhos e deitar a cabeça no travesseiro como se vivesse em “PASSARGADA”, deixando que a sociedade fique refém do crime organizado, principalmente a população que vive na periferia. É necessário que o Governador sente com os trabalhadores e estes sejam também autores do programa de Segurança Pública, quem realmente conhece.
Em Salvador, uma das cidades mais importantes do Brasil, onde em 24h, três policiais são mortos, o governo não pode continuar apenas contemplando a violência, enquanto os gestores da Polícia Civil e da Polícia Militar, a fim de manter-se em seus cargos, justificam o caos cotidiano que a população vem sendo vítima, como se vivêssemos na mais profunda paz. Logo, é preciso dar um novo norte na forma de combater a criminalidade, e construir um novo modelo de se fazer segurança pública”, pontou Lopes.
Eustácio fala do clima de insegurança e medo no Estado da Bahia. “Não é de agora que temos denunciado essa politica de segurança pública, que faz o nosso estado ser o tricampeão em homicídios. Agora façamos uma análise: em Salvador, capital do estado, uma das mais importantes do Brasil, a insegurança impera, imagine nas demais cidades do estado, onde existem mais de 100 cidades sem delegacia?
É inaceitável que os trabalhadores da Segurança Pública continuem sendo apenas um cadastro para o estado. Queremos uma Segurança Pública que garanta o direito a vida dos seus trabalhadores e toda a população”, finalizou o presidente do SINDPOC, Eustácio Lopes.