O Superior Tribunal de Justiça determinou a manutenção da prisão da desembargadora Ilona Márcia Reis, do TJ (Tribunal de Justiça do Estado da Bahia), após pedido da PGR (Procuradoria Geral da República).
Ilona é um dos alvos da Operação Faroeste, que apura venda de decisões judiciais na região oeste do estado. De acordo com as investigações do MPF, a desembargadora Ilona Reis recebeu R$ 300 mil de propina para dar decisões favoráveis aos grileiros.
No pedido de manutenção da prisão, a PGR lista a participação de Ilona como “fundamental” para o esquema criminoso e alegou que colaboradores da investigação contra a desembargadora estão sendo ameaçados de morte.
A PGR citou ainda o assassinato do agricultor Paulo Grendene, que denunciou o esquema de grilagem na Operação Faroeste, como um dos agravantes para a manutenção do cárcere já que de acordo com a ação, a desembargadora poderia “apagar os rastros de seus crimes e intimidar testemunhas” e “a prisão preventiva dela [Ilona] é o único remédio cabível“.
Em fevereiro deste ano a desembargadora entrou com processo de aposentadoria voluntária, suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça, por meio do ministro Og Fernandes.