“Estão tentando fazer das campanhas eleitorais uma guerra”, diz Lula

Política

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na terça-feira (12), que os recentes episódios de violência política são uma tentativa dos seus adversários de “fazer das campanhas eleitorais uma guerra”.

Lula fez referência à morte do guarda municipal petista Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, na noite do último sábado (9), por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL); e aos ataques aos atos da pré-campanha no Rio de Janeiro, na semana passada, e em Uberlândia (MG), em junho.

“O Brasil mudou, ainda não sei por que o Brasil mudou tanto, mas estão tentando fazer das campanhas eleitorais uma guerra. Estão tentando colocar medo na sociedade brasileira”, disse o ex-presidente em discurso no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

O petista falou aos apoiadores por mais de 30 minutos, afirmou que a sua campanha continuará nas ruas e pediu que a militância não se envolva em brigas.

“Nós vamos continuar fazendo nossas passeatas, nossos atos públicos, mas vamos ter que dar uma lição de moral que nem o [Mahatma] Gandhi deu quando saiu para a caminhada para libertar a Índia da Inglaterra. Nós não precisamos brigar”, disse o ex-presidente.

A fala contrasta com o tom utilizado pelo presidente no último dia 9, antes da morte de Arruda, quando, em Diadema (SP), Lula agradeceu ao ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho do PT, acusado e processado por tentativa de homicídio contra o empresário Carlos Alberto Bettoni.

Em 2018, a vítima foi agredida depois de gritar ofensas contra o PT em frente ao Instituto Lula, em São Paulo. Maninho empurrou o empresário, que bateu a cabeça em um caminhão que passava no local. Ele sofreu traumatismo craniano.

Agora, Lula pediu tranquilidade aos apoiadores. “A nossa arma é a nossa tranquilidade, a nossa arma é o amor que temos dentro de nós”, afirmou o petista.

Mais cedo, o ex-presidente reuniu-se com lideranças e empresários do comércio em Brasília e reafirmou a importância de Geraldo Alckmin, pré-candidato a vice, em um eventual governo. Lula escutou as demandas do setor de bens, serviços e turismo. Além disso, recebeu a agenda de propostas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

 

Fonte CNN Brasil

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