Frutos do mar de áreas atingidas por óleo na Bahia seguem contaminados;diz pesquisa

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Um estudo desenvolvido pelo Centro de Excelência em Geoquímica do Petróleo (Lepetro), da Universidade Federal da Bahia (Ufba), aponta que algumas amostras de ostras, siris e caranguejos de cidades baianas atingidas pelas manchas de óleo em 2019 seguem contaminadas. Os pesquisadores apontam que os frutos do mar apresentam hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) em níveis considerados acima dos ideais.

A pesquisa foi encomendada pela Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), que também fez a coleta dos materiais.

De acordo com o estudo, peixes e camarões não estão contaminados com HPA em níveis acima dos adotados pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, portanto, são considerados seguros para consumo.

Foram analisadas 34 amostras de ostras, peixes e crustáceos, coletadas entre os dias entre 27 de janeiro e 13 de fevereiro. As coletas aconteceram nas cidades de Jandaíra, Conde, Entre Rios, Camaçari, Salvador, Itaparica, Vera Cruz, Jaguaripe, Valença e Taperoá.

“Considerando todas as espécies, 80% das análises estão abaixo dos níveis de preocupação estabelecidos pela Anvisa. Mas há sete amostras de ostras, siris e caranguejos, coletadas em Entre Rios (Rio Sauípe), Camaçari (Rio Jacuípe), Valença (Guaibim) e Jaguaripe com níveis de contaminação acima do ideal”, explicou o gerente de projetos da Bahia Pesca, José Sanches Júnior.

Os resultados serão enviados para a Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado da Bahia (Divisa) e para a Anvisa, que têm competência para se manifestar sobre segurança do consumo.

As manchas de óleo que atingiram vários estados do Nordeste chegaram na Bahia em outubro de 2019. Recentemente, o material voltou a ser coletado no litoral baiano. No início de março deste ano, cinco toneladas do produto foram recolhidos da praia de Itacimirim, em Camaçari, no litoral norte.

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