Em um ano de pandemia, o Palácio do Planalto gastou pelo menos R$ 18,5 milhões com viagens do presidente Jair Bolsonaro no cartão corporativo. Em 101 viagens, média de duas por semana, Bolsonaro gerou aglomerações e não usou máscaras em seus deslocamentos, como tem feito até hoje. A informação é da coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
De acordo com a publicação, o destino mais caro, entre março de 2020 e março de 2021, foi para o Guarujá (SP), onde Bolsonaro passou o recesso de fim de 2020 com aglomerações na praia. A viagem custou à Presidência R$ 1,2 milhão.
O segundo maior em despesas foi o périplo presidencial para São Francisco do Sul (SC), no carnaval deste ano. R$ 701 mil foram bancados por meio dos cartões corporativos do Planalto.
Fora de feriados, o terceiro lugar foi o deslocamento para Breves (PA), no início de outubro de 2020, ao custo de R$ 539 mil. À época, 150 mil brasileiros já haviam morrido de Covid. Michelle Bolsonaro também participou da comitiva que lançou o plano Abrace o Marajó e visitou uma agência-barco da Caixa.
A lista de cidades visitadas por Bolsonaro é variada. Vai de São Paulo à pacata Flores de Goiás (GO), com 12 mil habitantes, onde o presidente entregou títulos de propriedade rural.
Não é possível saber o destino exato desses recursos, uma vez que os detalhes e as notas fiscais ficam sob sigilo até o fim do mandato presidencial. Os documentos foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.