SALVADOR VAI SE TORNAR UM DOS EPICENTROS DA PANDEMIA ATÉ O FINAL DE MAIO

Bahia Saúde

Salvador vai se tornar até o fim de mês uma dos epicentros da pandemia de coronavírus e se posicionar entre as 8 maiores cidades do país em números de casos. O pior é que isso vai significar que a quantidade de leitos de UTI no Sistema Único de Saúde não será suficiente para atender a demanda. Não se trata de pessimismo, ou de trazer com notícia ruim no início da semana,  trata-se de dizer a verdade, pois todos os dados apontam para esse caminho.

As projeções foram feitas a partir de ferramenta criada por pesquisadores do Labdec da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (aqui) indicam que já no dia 18 de maio o sistema de leitos de UTI do Sus na Bahia terá um déficit de 18 casos e no dia 23 de junho haverá um déficit de 1000 leitos de UTI no sistema. Ora, o número de mortes decorrentes dessa previsão vai fazer da Bahia um dos epicentros da crise. Em Salvador, a situação é mais grave e o Secretário Municipal da Saúde, Léo Prates, afirmou que entre 31 de maio e 5 de junho, quando se dará o pico da pandemia na cidade, devem morrer até 900 pessoa, o que significa que morrerão 74 pessoas por dia colapsando o sistema funerário da cidade.

Não há dúvida, quanto ao desempenho operante e positivo do governador Rui Costa e do Prefeito ACM Neto e louve-se aqui a forma como ambos vem atuando deixando de lado seus interesses pessoais e unindo-se em ações pela cidade, mas o inimigo que estão enfrentando é muito poderoso e medidas drásticas precisarão ser tomadas.  Em Salvador, começa a ficar claro a necessidade de aprofundamento do isolamento.

A única forma de reduzir o número de mortos será impondo medidas mais duras, especialmente nos bairros mais pobres.  É certo que a busca pela sobrevivência dificulta manter em casa milhares de pessoas que ganham o pão, literalmente a cada dia, mas é verdade também que, mantido no atual patamar, o isolamento não vai achatar a curva o suficiente. Aqui destaca-se a incompetência do governo federal na distribuição do auxílio emergerncial ao não utilizar toda a rede bancária disposnível e concencetrar na Caixa Econômica a distribuição, contribuindo com longas filas para disseminar o vírus.

Na Bahia, para alguma cidades, será necessário o mesmo movimento e em algumas delas o lockdown será necessário. Ao mesmo tempo, em outras cidades menos atingidas, como aliás vem ocorrendo, o comércio pode ser aberto desde que adotadas as medidas necessários como o uso de máscara. O fato é que o Brasil e a Bahia entram num mês decisivo no qual estará em jogo a vida de milhares de pessoas.

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