São Félix: Estação Ferroviária Central da Bahia, datada de 1881, está morrendo pelo descaso do IPHAN e DNIT

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A Estação Ferroviária Central da Bahia, localizada na cidade de São Félix, no Recôncavo Baiano, teve sua construção inaugurada em 23 de dezembro de 1881 – um dos primeiros patrimônios históricos da cidade banhada pelo Rio Paraguaçu. No seu auge teve grande importância no transporte de pessoas e mercadorias fazendo a ligação entre a capital, Salvador, para o interior do estado. Porém, o descaso dos órgãos que respondem pela manutenção e conservação do patrimônio está matando diariamente a história, pois, não estão assumindo as suas devidas responsabilidades.

Em 2016 o Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação contra o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), “dando até 120 dias para elaborar um projeto de recuperação total do imóvel tombado, onde funcionava a Estação Ferroviária de São Félix, além de executar a obra em até 12 meses, sob pena de multa diária de R$ 1 mil” (leia aqui). Passados quase 2 anos e 8 meses, nada foi feito.
No dia 11 de dezembro de 2017 a Estação foi atingida pelo fogo, deteriorando ainda mais o já tão abandonado patrimônio (veja aqui).
O Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes (DNIT) também é o órgão responsável pela Central da Bahia, por deter a posse da estação. A prefeitura Municipal de São Félix, através do prefeito Alex Sandro Aleluia de Brito já protocolou diversos ofícios ao órgão solicitando a posse do prédio tombado para o município, mas, até então as conversas não avançaram.
Enquanto nada é resolvido, um dos maiores patrimônios históricos da Bahia está desmoronando, pelo descaso que vai levando para os escombros uma das mais belas construções do Estado.
O diretor do Arquivo Público Municipal de São Félix, Oséas Souza, em uma publicação na sua página do Facebook, lamenta o descaso sofrido pelo patrimônio histórico.
“São Félix está de luto: Estação da cidade de São Félix Central da Bahia, inaugurada em 23 de dezembro de 1881, um dos primeiros patrimônios históricos da nossa cidade, está morrendo durante o tempo, sem nenhuma providencia do órgão federal, IPHAN,” diz Oséas.

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