A cidade de Santo Amaro, no Recôncavo baiano, vive um surto de sarampo. Até segunda-feira (1º), já havia sido confirmados sete casos da doença no município. Por conta das notificações, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Divep), órgão da Secretaria da Saúde (Sesab), emitiu um alerta.
De acordo com o documento, das sete pessoas confirmadas com a doença, seis (85,7%) não eram vacinadas e uma não tinha completado o ciclo de vacinação contra o sarampo. A faixa etária dos pacientes atingidos varia entre 9 meses a 26 anos.
Apesar de as pessoas notificadas residirem em Santo Amaro, as primeiras ocorrências foram feitas pelos municipios de Itagibá – onde a doença acometeu um bebê de 9 meses e sua mãe, de 18 anos – e em Feira de Santana, onde foi registrado o caso de um homem de 26 anos. Todos moradores de Santo Amaro.
Sesab informou ainda no documento que, durante a investigação epidemiológica de campo realizada em Santo Amaro no último dia 30 de setembro por equipes do município e do estado, foram identificados novos casos suspeitos, totalizando 14 casos notificados de sarampo – sete deles confirmados e outros sete em investigação.
O documento aponta ainda que “todos os casos notificados possuem vínculo epidemiológico entre si e se concentram em grupo populacional de migrantes não vacinados, em sua maioria, o que potencializa o risco de disseminação do vírus do sarampo no estado”.
Outra preocupação que é ponderada no alerta epidemiológico é que foi relatado pelos entrevistados o deslocamento para outros municípios da Bahia durante o período de transmissão da doença. Entre as cidades visitadas pelas pessoas com a doença estão: Bom Jesus da Lapa, Feira de Santana, Gandu, Ipiaú, Itagibá, Ituberá, Salvador, Santo Antônio de Jesus, São Francisco do Conde e Simões Filho. Há relatos ainda de deslocamento para o estado de Minas Gerais, no entanto, não foram informadas as cidades.
“A Sesab alerta para o risco da ocorrência de novos casos associados a esse surto, inclusive em outros municípios baianos, o que torna essencial a manutenção de uma vigilância ativa para detenção oportuna de casos suspeitos, a intensificação da vacinação de rotina e a realização da Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo”.
A campanha está agendada para acontecer em duas etapas de 7 a 25 de outubro para crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade; e de 18 a 30 de novembro no grupo de 20 a 29 anos.