Rejeição de Bolsonaro aumenta e é a maior já registrada para um presidente desde 1989

Brasil

Uma pesquisa do Datafolha revelou que 43% dos brasileiros consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo. Os dados foram coletados na segunda (25/5) e na terça (26). Tudo indica que a piora na avaliação tenha relação com a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, já que esse número era de 38% no levantamento anterior. Bolsonaro tem o pior índice de aprovação de presidentes eleitos desde 1989 a esta altura de um primeiro mandato.

Foram ouvidos 2.069 adultos, com margem de erro de dois pontos percentuais. Pouco mais da metade disse que acredita que o presidente não tem capacidade de governar (52%), contra os 45% que acham que Bolsonaro ainda consegue exercer o governo. Consideraram ruim ou péssimo 43% dos entrevistados. A aprovação do presidente segue igual a última pesquisa, com 33%. Os que consideram o governo regular caíram para 22%.

A maior mudança aconteceu na faixa dos que ganham mais de 10 salários mínimos, com classificação de 49% de ruim ou péssimo, enquanto a aprovação é de 42%. Outros 8% consideram regular. Entre os que têm curso superior, 56% desaprovam Bolsonaro, maior que a rejeição de 36% daqueles que têm o ensino fundamental.

Apenas 55% entrevistados assistiram o vídeo da reunião e, entre eles, a rejeição a Bolsonaro sobe a 53%. O estudo mostra ainda que 37% acham que Bolsonaro nunca se comporta de forma adequada ao cargo, maior que os 28% registrados há um mês. Já os que acreditam que ele se comporta mal na maioria das vezes se manteve estável (de 25% para 23%).

Dentre os ouvidos, 43% pediram o Auxílio Emergencial de R$ 600, sendo que 16% não recebeu nenhuma parcela. Considerando todos os que pediram, apenas 36% avaliaram Bolsonaro como ótimo e bom.

Metade dos entrevistados diz que só sai de casa se for inevitável. Entre esses, a rejeição a Bolsonaro vai a 48%. O mesmo se dá entre aqueles que ou pegaram a Covid-19 ou conhecem alguém que pegou, com 47% de ruim/péssimo.

As entrevistas são realizadas por profissionais treinados para abordagens telefônicas e as ligações feitas para aparelhos celulares, utilizados por cerca de 90% da população.

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